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Serotonina: O Guardião do Bem-Estar

A serotonina, ou 5-hidroxitriptamina (5-HT), é um neurotransmissor amplamente conhecido por sua relação com o humor e o bem-estar. No entanto, seu papel vai muito além disso, abrangendo funções como percepção da dor, controle motor, regulação do sono, apetite e até a cognição.

Esse neurotransmissor pertence à categoria das monoaminas, a mesma da noradrenalina e dopamina. Curiosamente, a serotonina foi descoberta inicialmente no intestino, onde desempenha funções importantes. Mais tarde, pesquisadores identificaram sua presença no sistema nervoso central (SNC), onde ela atua de forma difusa em vários circuitos cerebrais, influenciando diretamente nosso comportamento e processamento emocional.

No SNC, a serotonina é produzida por neurônios localizados no núcleo da rafe, uma região no tronco cerebral. A partir daí, ela se distribui por diversas áreas, incluindo o córtex, o que explica sua influência em funções como humor e pensamento. Altos níveis de serotonina estão associados a estados de calma e equilíbrio emocional, enquanto níveis baixos podem nos tornar mais vulneráveis a comportamentos impulsivos, depressão e ansiedade.

Apesar de sua importância, a serotonina não atua sozinha. Estudos mostram que ela interage com outros neurotransmissores, como GABA e glutamato, contribuindo para o equilíbrio químico do cérebro. Por exemplo, em alguns casos, altos níveis de serotonina podem colaborar com o GABA para neutralizar a ação excitatória do glutamato, ajudando a reduzir a hiperatividade cerebral.

Outra característica fascinante da serotonina é a diversidade de seus receptores — existem cerca de 15 tipos diferentes. Isso significa que seus efeitos podem variar dependendo do receptor ativado. Essa complexidade explica por que a serotonina está associada a uma ampla gama de funções e comportamentos.

Medicamentos que atuam no sistema serotoninérgico, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), são amplamente utilizados no tratamento de transtornos como depressão, ansiedade e distúrbios alimentares. Esses medicamentos ajudam a aumentar os níveis de serotonina disponíveis no cérebro, promovendo efeitos terapêuticos significativos.


Por Cliciane Monteiro

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